Revista Digital das Mulheres do Poder Judiciário
Você Sabia que existem diversas obras literárias produzidas por autoras brasileiras que versam sobre a valorização da mulher e outras questões de gênero?

Inspiradas no contexto dessa edição, listamos pra você a relação das obras mais relevantes nessa temática. Boa leitura!


Aproveitando a inspiração dessa edição, existem diversas obras sobre valorização do papel da mulher na carreira jurídica. Listamos abaixo uma relação das mais conceituadas no país!

1. A ciranda das mulheres sábias.
Em “A ciranda das mulheres sábias’', a psicanalista e poetisa Clarissa Pinkola Estés reverencia a maturidade feminina e faz uma comovente e profunda homenagem àquelas mulheres que souberam acumular sabedoria ao longo de suas existências. O livro tem uma linguagem metafórica, que se assemelha às antigas histórias contadas de mães para filhas.

2. Sejamos todos feministas, de Chimamanda Ngozi Adichie (Companhia das Letras).
Chimamanda Ngozi Adichie parte de sua experiência pessoal de mulher nigeriana para mostrar que muito ainda precisa ser feito até que alcancemos a igualdade de gênero. Segundo ela, tal igualdade diz respeito a todos, homens e mulheres, pois será libertadora para todos: meninas poderão assumir sua identidade, ignorando a expectativa alheia, mas também os meninos poderão crescer livres, sem ter que se enquadrar em estereótipos de masculinidade. Sejamos todos feministas é uma adaptação do discurso feito pela autora no TEDx Euston, que conta com mais de 1,5 milhão de visualizações e foi musicado por Beyoncé.

3. O segundo sexo. de Simone De Beauvoir (Nova Fronteira).
O segundo sexo foi publicado originalmente em 1949 e consagrou Simone de Beauvoir na filosofia mundial. A obra, no entanto, não ficou datada e tornou-se atemporal e definitiva. A autora aborda os fatos e os mitos da condição da mulher numa reflexão fascinante, além de analisar a condição da mulher em todas as suas dimensões: sexual, psicológica, social e política. Uma obra fundamental, que inaugurou um novo modelo de pensamento sobre a mulher na sociedade.

4. Terra das mulheres, de Charlotte Perkins Gilman (Rosa dos Tempos).
Publicado pela primeira vez em 1915, Terra das mulheres mostra como seria uma sociedade utópica composta unicamente por mulheres. Antes do leitor encontrar a suposta maravilha dessa utopia, terá de acompanhar três exploradores ― Van, o narrador; o doce Jeff; e Terry, o machão ― e suas considerações e devaneios sobre o país, no qual, os três têm a certeza de que também existem homens, ainda que isolados e convocados apenas para fins de reprodução. Um país só de mulheres, segundo os três, seria caótico, selvagem, subdesenvolvido, inviável. Uma vez lá, Van, Jeff e Terry se dividem entre a curiosidade de exploradores com fins científicos e o impulso dominador de um homem, oscilando entre tentar entender mais sobre aquela utópica e desconhecida sociedade e o sonho de um harém repleto de mulheres que talvez estejam dispostas a satisfazê-los e servi-los.

5. Clube da luta feminista: Um manual de sobrevivência (para um ambiente de trabalho machista), de Jessica Bennett (Autora), Saskia Wariner (Ilustradora) e Hilary Fitzgerald Campbell (Ilustradora) – (Fábrica231).
Era uma vez um clube da luta ― mas sem a luta e sem os homens. Todos os meses, as mulheres se reuniam no apartamento de uma das amigas para desabafar sobre frustrações envolvendo machismo no trabalho e compartilhavam dicas de como enfrentá-las da melhor maneira possível. Tempos atrás, tais encontros eram conhecidos como “grupos de conscientização”. Mas os problemas do mundo corporativo de hoje são mais sutis, menos evidentes e mais difíceis de provar do que aqueles enfrentados por nossas ancestrais. Essas mulheres não estavam lá apenas para desabafar. Elas precisavam de táticas de batalha. E assim nasceu o Clube da Luta Feminista. A aclamada jornalista Jessica Bennett reúne histórias pessoais de seu clube da luta da vida real e acrescenta pesquisas, estatísticas e conselhos empoderados de como combater e sobreviver ao machismo.

6. Mulheres do Brasil: A história não contada, por Paulo Rezzutti (Autor).
Mulheres do Brasil – A história não contada resgata a história de mais de 200 mulheres das mais variadas épocas que tiveram suas biografias alteradas, deturpadas ou que simplesmente sequer apareceram nos registros convencionais. Depois de desmistificar as figuras dos imperadores D. Pedro I e d. Leopoldina, o escritor e pesquisador Paulo Rezzutti se dedica a mulheres conhecidas ou ignoradas pela história do Brasil: das guerreiras às vilãs, das mulheres do poder a artistas. Também ilumina trajetórias pouco conhecidas de indígenas e negras escravizadas e avança até os dias atuais, com mulheres como Marielle Franco, a vereadora carioca assassinada em março de 2018 por “ousar” não ser invisível. O livro chega num momento em que a discussão sobre o papel das mulheres na sociedade se intensifica, surpreendendo o leitor ao reapresentar acontecimentos da história do Brasil com as personagens femininas finalmente reinseridas nos papéis de destaque que lhes foram negados pela narrativa oficial.

7. Manual Jurídico Feminista - Edição Português por Carolina Valença Ferraz (Autor).
O Manual Jurídico Feminista foi escrito por diversas mulheres juristas que discutem a importância de se abordar o feminismo no direito. A intenção do Manual é de lutar por um direito menos hostil para as mulheres e para grupos socialmente vulneráveis. “Desde muito cedo nós, mulheres, aprendemos a dolorosa lição da subalternidade. Temos lugar no mundo, mas não é o nosso espaço de fato. O lugar que nos é dado não nos representa. O que é ofertado passa por uma questão de condescendência e não de reconhecimento. Esse livro surge da inquietação e da recusa. Recusa a um lugar que não reconhecemos como nosso, que não apreciamos e que nos causa repulsa. Inquietação, porque nenhuma mulher deseja menos do que a equidade de gênero. E o Direito é um ambiente hostil às mulheres. Ele surge e perdurou por um longo tempo como instrumento de legitimação da violência de gênero. Nosso Manual Jurídico Feminista é um libelo de insurreição – como somente mulheres são capazes de fazer. Ele propõe que façamos uma reinterpretação da ciência jurídica sob a luz da equidade de gênero.

8. Mulheres no Direito - Coleção Mulheres Cuidando de Mulheres, por Danda Coelho.
Que essas leituras sirvam de inspiração para que cada de nós possamos seguir firme nessa missão: valorizar as mulheres e sempre lutar por mundo mais igualitário!





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